A vivência de cada médico na beira do leito é um álbum de figurinhas de casos com acréscimos constantes de páginas que representa a memória profissional acumulada. A conduta para o próximo caso ganha excelência a partir da seleção das figurinhas que possam se superpor na essência.
Sempre haverá alguma peculiaridade que determinará uma nova figurinha a ser acrescida ao lado das correlatas, o que podemos chamar de experiência. A capacitação humana que pode estar contida neste álbum torna-se uma infinitude pelos métodos de processamento de dados pela inteligência artificial. A chance de acerto de detalhes fica elevada em zilhões.
A análise do coletivo para a individuação do caso subsidia o raciocínio clínico em níveis distintos de realidade. Juntam-se imagens do passado, do presente e do futuro. Formulam-se cenários cogitáveis num primeiro momento e as projeções de possíveis efeitos são depuradas com base na memória acumulada – memória da experiência pessoal e da literatura. Comparar com um conjunto de figurinhas representativas do passado e avaliar prós e contras para as circunstâncias em questão é raciocínio em algoritmo, sim ou não sequentes sobre benefícios e malefícios que vão direcionando para a conduta presumivelmente mais beneficente do prognóstico.
A inteligência artificial contribuirá para o reconhecimento de padrões orientadores. Um álbum de figurinhas big data.