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994- Solução e problema, xifópagos nem sempre fáceis de serem separados na beira do leito (Parte 3)

A linguagem do Sim e Não expressa uma realidade dentro de um contexto, sensível à percepção de um conhecimento. É semântica multifatorial onde aspectos específicos para o caso em si  forjam a decisão que se pretende que leve em conta como um dos pontos maiores a evitação de abusos universais e apreciações individuais sobre eventual sensação de violência.

Na prática da beira do leito, Sim e Não são termos-chave, manifestações de liberdade de para manifestar consentimento ou não ao profissionalmente recomendado, como soa este ato ao paciente, um constructo que que faz parte obrigatória da conexão médico-paciente contemporânea ética. A Bioética da Beira do leito enfatiza que as interações sofrem forte influência da ligação da verdade ao conhecimento e do valor ao desejo. Por isso, Sim e Não expressos pelo paciente capaz e esclarecido possuem significados peculiares na beira do leito.

A sua certidão de nascimento registra que o termo de consentimento nasceu nomeado livre e esclarecido e não sujeito a equações reducionistas. Pode parecer estranho a dupla adjetivação, pois é intrínseco, já que moralmente sem eles não seria um (não) consentimento próprio. Seria uma aceitação tão somente de um conhecimento sem a participação do desejo/valor.

As razões à época – segunda metade do século XX-  para o nome composto persistem e podem ser apreciadas quer pelo lado estritamente dos desejos/preferências/objetivos/valores do paciente, quer pelo potencial nunca eliminável da imposição por boa-fé pelo profissional da saúde que se sente responsável. A independência a conceitos e normas das ciências da saúde é essencial, ou seja, uma não conformidade pelo paciente é realidade justificável pelos contextos e humanamente respeitável.

A liberdade do consentimento livre não quer dizer apenas que os pacientes têm o direito de manifestar tudo o que pensam a respeito de recomendações médicas para suas necessidades de saúde. Significa também a liberdade dos pacientes de não declararem o que não desejam ao serem instados ao diálogo. Há uma calibragem meio que natural entre o silêncio e a tagarelice nas expressões das respostas dos pacientes. Por isso, o valor atual do velho e inestimável olho clínico em adquirir novas acuidades como a sensibilidade vivência-dependente à linguagem não-verbal desde o paciente.

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