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634- Bioética da Beira do leito 2019 (Parte 7)

A Bioética da Beira do leito favorece a transição de gerações. Colegas que não conhecemos cuidaram para criar uma medicina prática com redução à simplicidade (sinal patognomônico, por exemplo), com  continuidade de raciocínio entre captação de sinais pelos órgãos dos sentidos e diagnóstico clínico, com causalidade local, encadeamento entre etiopatogenia, fisiopatologia e terapêutica e com  determinismo, ou seja, o estágio da doença ou a prevenção alinham-se ao prognóstico. Tudo isso persiste válido.

A busca – e o encontro- incessante por maior efetividade, contudo,  estimulou formas  adicionais de entendimento da beira do leito.

Uma visão de pluralidade complexa traz a conveniência da aplicação do pensamento transdisciplinar de inspiração na física quântica (microfísica) na beira do leito.

O pensamento transdisciplinar inclui três pilares e três comportamentos. Os pilares são formados pela complexidade, coexistência de níveis de realidade sob conceitos distintos e a lógica do terceiro incluído. Os comportamentos referem-se ao rigor, à abertura para o novo, o desconhecido, o inevitável e o inesperado e à tolerância. Ademais, a microfísica observa a não separabilidade, a persistência de uma interação acontecida mesmo após haver o distanciamento – que motiva uma analogia com a responsabilidade profissional  que se mantém de modo não presencial ao longo do atendimento.

A Bioética da Beira do leito entende que o pensamento transdisciplinar é vantajoso no processo de tomada de decisão na beira do leito. A  interdisciplinaridade não se contenta com apenas transferência de métodos e troca de conceitos, de inspiração quântica e não iconoclasta da física clássica, ela se nutre da pesquisa disciplinar, posta-se entre e além das disicplinas das várias modalidades de ciência e dialoga com as artes, a literatura e a experiência espiritual.

A Bioética da Beira do leito considera que o pensamento transdisciplinar facilita transmitir os esclarecimentos para o paciente, reduzindo as incompreensões. Ademais, favorece a conexão médico-paciente a atender ao alerta do humorista Mark Twain (Samuel Langhorne Clemens-1835-1910): A pior solidão é não estar confortável consigo mesmo.

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