A Bioética não aterrissou na beira do leito a bordo de uma nave alienígena. Ela chegou pé no chão por uma longa estrada humana. Os passo a passos assimilaram endossos e condenações diversificados de práticas da medicina, especialmente no século XX. A caminhada ganhou visibilidade e velocidade quando atingiu a ponte para o futuro idealizada por Van Rensselaer Potter, o Pai da Bioética.
Profissionais da saúde praticam alguma forma de Bioética da Beira do leito pela formação, muito embora muitos não estejam conscientes do exercício.
A minoria que a valoriza mais formalmente, uau! Anima-se a tornar a Bioética da Beira do leito vista como bombril – mil e uma utilidades-, pensada como 51 – uma boa ideia- e com a expectativa de ela vir a ser o você do efeito Orloff – eu serei você amanhã.
A Bioética da Beira do leito ressalta o valor pedagógico do treinamento em atitudes e pega carona no esportista Vernon Sanders Law (nascido em 1930): a beira do leito é o mestre que primeiro dá prova aos alunos e depois é que ministra a lição. Por isso, o valor da simulação orientada sobre modos de se comportar, por exemplo, para o jovem médico perante não consentimento de um paciente (ele pode se sentir profissionalmente desrespeitado.
A Bioética da Beira do leito cuida para que a mão do médico que aplica ciência no paciente seja a mesma que vai a sua consciência e bem articulada com o braço com o alcance ao mesmo tempo do progresso científico e da percepção que o paciente não é um ser abúlico.
A Bioética da Beira do leito lembra que é comum o médico enxergar além da razão que levou o paciente à consulta. A resultante surpresa exige paciência profissional com alguém que não se enquadra, momentânea ou permanentemente, na sinonímia entre doente e paciente. Em outras palavras, reforça que ter uma doença e portar-se como doente tem diferenças que repercutem na definição moderna de saúde.