Cerca de 500 mil médicos têm responsabilidades com um Brasil continental de grandes disparidades de proporção entre o clássico, as novidades e as inovações. Pelo presente e pela perspectiva do futuro, é essencial reforçar que a beira do leito brasileira necessita conviver com estes três elementos com bastante juízo pela inteligência natural.
Por tudo isso, entendo premente enaltecer o valor humano no ecossistema da beira do leito apesar da verdade que herrar é umano. Se o robô de branco erra? Talvez respostas possíveis estejam na sua programação humana.
Inicio a homenagem aflorando rememorações da construção da medicina pelo médico observador antenado do mundo e com motivação para a investigação científica. Alinha-se com o espírito acolhedor da Bioética.
Reproduzo o relato do médico e escritor estadunidense Oliver Wendell Holmes (1809-1894) datado de 1883: Medicina… Aprendeu a usar o antimônio observando monges… A curar malária pelo conhecimento de um jesuíta… A manejar cálculo pela habilidade de um frade… A tratar gota pelo ensinamento de um soldado… A evitar o escorbuto através de um marinheiro… A entender a trompa de Eustáquio a partir de um carteiro… A prevenir varíola por uma arrumadeira… A eliminar insetos nocivos com uma comerciante idosa… A cuidar dos transtornos respiratórios com lobélia a partir dos indígenas americanos. Mais exemplos não faltam para comprovar Titus Maccius Plautus (254ac- 184 ac): Ninguém é sábio suficiente por si mesmo. Oportunidade para lembrar que sabedoria é conhecimento temperado com julgamento. Ouviu robô de branco?
René Descartes (1596-1650) escreveu: Se houver algum meio para elevar a sabedoria e a habilidade da humanidade, ele deve ser procurado na medicina. A medicina contemporânea tem endossado com conteúdo e valor.