Uma parábola de Franz Kafka (1883-1924) é útil para provocar alguns pensamentos sobre uma conciliação de inteligências.
Sugiro que o termo adversário seja decodificado como interface entre o passado-a força de trabalho que conhecemos- e o futuro, enquanto que ele é o médico contemporâneo:
“… Ele tem dois adversários: o primeiro (a inteligência natural), acossa-o por trás, o segundo (a inteligência artificial) bloqueia o caminho à frente. Ele luta com ambos. O primeiro ajuda-o na luta contra o segundo, pois empurra-o para frente, e, do mesmo modo, o segundo o auxilia na luta contra o primeiro, uma vez que o empurra para trás. Mas isso é assim apenas teoricamente, pois não há ali apenas os dois adversários, mas também ele mesmo (o médico entre o passado e o futuro), e quem sabe, realmente as suas intenções? Seu sonho, porém, é saltar fora da linha de combate e ser içado por conta de sua experiência de luta, à posição de juiz sobre os adversários que lutam entre sim…”.
Como cantou Jair Rodrigues (1939-2014) na boiada já fui boi, mas um dia me montei e boiadeiro muito tempo, laço firme e braço forte… Poderá ser aplicável a quantos médicos? O efeito manada costuma ser terrível e tende a prevalecer.
Como será a comandada pelo robô de branco?