A medicina utiliza prefixos que modificam ou reforçam um sentido como é o caso de anticoagulação e de intravenoso. No caso da junção de bio e ética, predominou o intuito de alerta sobre o valor da dignidade humana. A ética da vida envolve-se com o ecossistema da beira do leito por meio de expansões e limitações do raciocínio clínico clássico que direciona para uma conduta resolutiva (beneficência) com a cautela dentro do possível a respeito de danos colaterais (não maleficência) e que respeita a posição do paciente quanto a cumprir o recomendado (autonomia).
A Bioética da Beira do leito entende que os profissionais da saúde empregam rotineiramente preceitos da bioética sem se mostrarem conscientes da aplicação. O desenvolvimento da bioética, entretanto, requer mais do que uma habitualidade de pensamento alinhado com a bioética. É desejável que haja algum nível de aprofundamento por parte de cada profissional da saúde nas competências, quer acadêmicas, assistenciais, sociais ou governamentais da bioética. Torna-se relevante, especialmente, pelas metamorfoses atuais da medicina, exigentes de muitas escolhas nas interfaces entre o clássico, a inovação tecnológica e a novidade dos cenários. A Bioética da Beira do leito esforça-se para prover uma contribuição pedagógica que facilite a valorização consciente da bioética.
Bioética tornou-se um radical e assim cabe receber prefixos. Assim, a Bioética da Beira do leito empenha-se pela difusão de esclarecimentos entre os profissionais da saúde para reduzir o número de abioéticos e de misobioéticos, assim ampliando o contingente de probioéticos e filobioéticos, sem nenhum radicalismo de um sentido de metrobioético.
Alinha-se com o significado da denominação de bioamigo deste blog.