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461- Vero, logo humano?

Ciência- conhecimento, saber- e Tecnologia- estudo da técnica, do ofício- contribuem para o desenvolvimento de uma cidadania- exercício de direitos e deveres civis, políticos e sociais estabelecidos na Constituição- útil, portanto, Tecnociência deve ser considerada elo imperioso na corrente do bem-estar da sociedade. O número do CRM é simbolo deste elo na categoria saúde. Ele liga ciências da saúde e técnicas de abrangência na saúde a atenção às necessidades humanas de saúde da população. Outro elo forjado na contemporaneidade é o Consentimento Livre , Esclarecido, Renovável e Revogável  do paciente para a aplicação da orientação médica.

A verdade da Tecnociência expande limites e, ao mesmo tempo, cria novas limitações. Conceitos de benefício não são necessariamente consensuais, preconceitos de malefícios sofre fortes vieses  individuais.

A verdade da Tecnociência aprisiona mentes e a consequente servidão do médico tem compromisso ético com o paciente que deseja recuperar liberdades eliminadas pelas doenças.

A verdade da Tecnociência aplicável nos encontros e reencontros que expandem e limitam , que aprisionam e libertam, é expressão do rigor da transdisciplinaridade que deve ser sustentáculo da Bioética, essencial para orientar sobre os objetivos das ciências e técnicas em saúde.

O ciclo se fecha quando associamos Tecnociência, cidadania e consentimento com as evidências múltiplas que a quase cinquentona Bioética quanto mais se expressar de modo habitual na beira do leito, mais provê matéria prima útil para o exercício da cidadania que se almeja.

A Bioética fortalece o elo do Consentimento no processo de tomada de decisão na medida em que, pretendendo praticidade na adaptação ao humano vulnerável, emprega pensamentos para articular a seleção de saberes com os anseios físicos e psíquicos do paciente, mais segundo a capacidade humana de deliberar que possuímos em potência que o poder adquirido que possa ser vislumbrado na representatividade do número do CRM.  Em outras palavras, a Bioética estimula a busca da conexão calorosa do estar humano que possa equilibrar visões puramente racionais de superioridade da frieza tecnocientífica por mais que elas encantem com sons da flauta das evidências de utilidade e de eficácia e perspectivas de certeza.  Recorde-se da lição do conto sobre o flautista de Hemelin  escrito pelos irmãos  Jacob (1785-1863) e Wilhelm  (1786-1859) Grimm.

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