Na interface com o sistema de saúde, perante dificuldades na alocação de recursos e a incompetências de gestão, o médico tem a oportunidade de se ver impossibilitado de aplicar a conduta útil e eficaz recomendada ao paciente.
Em decorrência, criam-se situações tensas para o médico ético, onde o pensamento não posso cometer o errado alterna-se com perdi a liberdade para atuar corretamente. É frustante!
De fato, à medida que conquista a competência profissional, o médico afunila a sua liberdade, fica com menor espaço para escolhas, pois não aceita praticar a opção menos ou nada útil para a circunstância clínica. E as dificuldades acima ressaltadas acentuam a redução da liberdade, vale dizer, conflitam com a responsabilidade profissional de quem sabe o que é necessário aplicar.
A Bioética da Beira do leito contribui para o médico lidar com o mundo real de tomadas de decisão que se distanciam da idealidade técnico-científica.