A multiplicação dos recursos tecnológicos validados traz impactos renovados sobre o significado ético e moral da condução de um caso. Cuidar num patamar pré-inovação porque há uma memória de bons resultados ou porque inexiste a disponibilidade da chance de melhores resultados – incluindo ineditismos de algum tipo de sucesso- torna-se questão capital na relação médico-paciente. A maioria desta conexão humana médico-paciente que envolve máquinas e instrumental especializado está além das ferramentas tradicionais representadas pelos órgãos dos sentidos, estetoscópio, esfigmomanômetro, termômetro e caneta prescritora, e, assim, mostra-se distante do poder resolutivo de ambos, já que em função seus aspectos econômicos envolvem fortemente autoridades em nível governamental ou não. Apequena-se o valor da relação médico-paciente pela expansão da interdependência entre Medicina e Economia. Viabilidades econômicas são passíveis de vários ângulos de interpretação sobre o sentido de universalidade, integralidade e equidade de políticas de saúde. Na prática de exigências e de concessões sobre recursos necessários para atender à atualidade da Medicina, ajuda recordar como aconteciam certas aplicações do conhecimento vigente em tempos não tão tecnológicos – ainda praticáveis e praticados com grau aceitável de eficácia, utilidade e atenção deontológica, mas que de certa forma desconsideram o Princípio fundamental V – Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente. O equilíbrio entre o conceito de benefício e malefício da Medicina que fui em cada época desperta a atenção da Bioética!