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1767- Decido, logo existo (Parte 4)

Todos os dias o médico cola pelo menos uma figurinha no seu álbum ético de páginas infinitas e não descola as ultrapassadas, pois, é lembrança do caráter evolutivo/lapidador do profissionalismo. Ciência e sociedade apresentam-se em constante transformação, o que significa multiplicidade de ajustes – idealmente com foco na preservação da excelência-  que acontecem numa medida que é influenciada pelo preparo para surgir e se desenvolver gerado, não somente, pela formação pré-profissional, como também, da germinação das sementes chamadas de estrutura das Escolas de medicina.

Eu mesmo já fui outros e assim ainda serei, mesma base, novas expressões, cabe para percentual expressivo de médicos, humanos, receptivos e conscientes de que  só persiste o que muda, refinar é preciso e não importa a idade cronológica, vale mais as idades biológicas da disposição e da saúde dos órgãos.

É missão do médico fazer beneficência, preocupar-se com não maleficência e ter ouvidos atentos, sempre na intenção de ultrapassar obstáculos e indecisões.  A ascensão profissional beneficia-se da imersão renovada na tecnociência, reversão de inabilidades e aversão a comportamentos antiéticos.

A maturidade profissional  inclui a imprescindibilidade da aproximação da precisão e da seriedade sem ideia fixa de perfeição, aliás como nos ensina Salvador Dali (1904-1989): Não tenha medo da perfeição, você nunca a alcançará. Uma oportuna convicção em meio à ideia que cada  médico se adapta à medicina, ao paciente, ao sistema de saúde a sua maneira, ou seja, fica sujeito a excessos e faltas em função da inevitável complexidade gerada pelo progresso tecnocientífico.    

A Bioética coopera para “segurar o indispensável guarda-chuva acima referido” por meio dos significados embutidos em seus princípios da beneficência, não maleficência e autonomia. Por que os processos cognitivos constituem combinações de atenção, percepção, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento e linguagem, o abrigo coopera para reduzir  ambiguidades quanto ao respeito à pessoa, em meio a iniciativas de processar informações simultanea ou subsequentemente para fazer escolhas.

A Bioética da Beira do leito destaca o multifacetado processo de tomada de decisão no ecossistema da beira do leito inclui pessoas, métodos, circunstâncias. Há a pessoa do paciente, do familiar, de circunstantes ligados ao paciente, do médico, da equipe multiprofissional, e “outras possíveis”. Métodos aplicáveis para o caso estão previamente validados segundo padrões universais. Circunstâncias são infinitas. Combinações da tríade e decorrências também não têm fim. Tudo pode ser qualificável de alguma maneira, mas os graus de influência não costumam ser quantificáveis com precisão.

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