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1758- A clínica é soberana, o exame complementar é poderoso (Parte 2)

As variáveis da conexão médico-paciente evoluem altamente influenciadas pelas razões da medicina baseada em evidências no componente médico e pelos diálogos do eu consigo mesmo no componente paciente idealmente bem esclarecido sobre o que considerar. A Bioética assiste de modo transitivo e intransitivo.

A autoridade presente no planejamento e execução contemporâneos das condutas diagnósticas, terapêuticas e preventivas envolve disposições de obediência a diretrizes, normas e códigos e exclusão de qualquer ato de coerção, e, muito importante, na atualidade, não dispensa o respeito a hierarquias associadas a ambos componentes da conexão humana.

A hierarquia da competência profissional e a hierarquia do paciente, ser humano “dono de si”, interagem, idealmente, de acordo com comunicação ilimitada e sem fronteiras. Em síntese, toda diretriz clínica, por exemplo, é um passaporte que requer um visto de entrada nomeado como consentimento.

Anamnese, exame físico e exame complementar é tríade consagrada do exercício profissional no ecossistema da beira do leito. É conjunto que transita numa via de duas mãos denominada de conexão médico-paciente. Por meio dela médicos exercem o papel de caçador-coletor de informações a serem captados desde o paciente a fim de se capacitarem para praticar o papel de empreendedor-transformador da situação clínica.

A tríade resulta documentada num prontuário, registro de propriedade do paciente, elaborado pela equipe de saúde e sob guarda da instituição. Sob o ponto de vista ético, o entendimento sobre o prontuário deve ser que o registrado aconteceu, o não registrado não  aconteceu, quer no aspecto executivo, quer no aspecto adjunto.

A dificuldade de criação de um prontuário único que possa incluir quaisquer atendimentos em locais distintos traz implicações éticas, uma delas, a dissociação entre a execução da anamnese/exame físico e do exame complementar. Facilidades do prontuário eletrônico podem minimizar obstáculos a respeito junção das informações captadas por anamnese/exame físico (sintomas e sinais) e por exame complementar (materializadas como laudos).

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