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1757- A clínica é soberana, o exame complementar é poderoso (Parte 1)

A pergunta é simples. A resposta é complexa. A junção de jaleco com nome bordado no bolso superior, estetoscópio, carimbo e computador é simbólico compromisso do médico com o quê exatamente? Com que tipo de profissionalismo? Perante regras e exigências, como integrar, caso a caso, no ecossistema da beira do leito, o sujeito que avalia, o objeto a ser avaliado e o valor atribuível ao método de avaliação?

De que modo a junção de jaleco com nome bordado no bolso superior, estetoscópio, carimbo e computador torna-se útil e eficaz na conexão com o paciente? Sabe-se que o conhecimento somente não basta, que atitudes importam e que o coerente com as regras nem sempre faz parte das exigências individualizadas.

Tradição, inovação, continuidade, senso comum e linguagem são atributos que dão sustentação a sucessivas contrações e alargamentos do profissionalismo, geração após geração de médicos, que atualizam modos de aplicação e de submissão ao par tecnociência e humanismo no âmbito da conexão médico-paciente e do ecossistema da beira do leito.

A Bioética da Beira do leito entende que o Juramento de Hipócrates é simbólica contribuição para a preservação das referências, juízos que fazem barreiras mentais contra desconexões abruptas das novidades com tudo de bom que se incorporou à medicina ao longo de séculos, que seriam desestruturações indesejáveis face ao caráter humano e social da medicina.

Cada época tem seu estado da arte. É nível de conhecimento e desenvolvimento que se aperfeiçoa incessantemente. Cada conduta competente planejada, consentida e aplicada é um “acabado de momento”, jamais isento de um próximo acabamento com algo a mais. Cada médico, invariavelmente, vivencia evoluções da formatura à aposentadoria.

Ser/estar/ficar médico tem forte analogia com o rio que persiste porque renova suas águas. O recado da sabedoria que só se preserva o que muda, desde que tenha nascente nutriz, organização e sentido de objetivo. A bacia de um rio suscita a ideia do trabalho em equipe em que as confluências individualizam-se na objetiva direção do mar – o paciente.

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