Os processos de tomada de decisão exigem renovação frequente em feedback com suas decorrências, há uma plataforma moral ” a cara do médico” sobre a qual efeitos da vivência na beira do leito exercem impactos, visando ao aperfeiçoamento, dinâmica que é qualificada pela aplicação da Bioética.
A Bioética contribui para mais adequado dimensionamento do campo de visão decisória, o que, por sua vez, tanto reduz, quanto multiplica preocupações.
O pensamento segundo a Bioética incorpora modos de pensar no processo decisório pelo médico e, assim, “contamina” a estrutura de informação a ser transmitida ao paciente.
Melhor dito, a Bioética coopera para que a informação dada pelo médico transforme-se no que mais interessa, que se torne instrução técnica e humana ao paciente, essencial para sustentar a manifestação do consentimento livre e esclarecido. Não basta a informação, tem que haver a instrução!
Por isso, a imperiosidade da compreensão no sistema de saúde do valor da Bioética para a eficiência da conexão médico-paciente, algo como um exame complementar de imagem – do médico- para decisão no âmbito da atitude.
Infelizmente, persiste uma cultura do cancelamento com vistas à Bioética em muitas instituições de saúde e que é sustentada pelo receio de contraposição ao desejado “pelo sistema”. Ela é prejudicial para o desenvolvimento do pensamento ético, moral e legal no ecossistema da beira do leito, afirmo e reafirmo.