Jovem médico, não seja tão somente um boneco do ventríloquo chamado diretriz clínica, metaforicamente falando. Se ela, a diretriz clínica atualizada que você bem estudou e nela confia, verbalizar que o melhor antibiótico para a situação clínica é penicilina, mas você identificou um histórico de alergia importante em uso prévio pelo paciente, você verbalizará, por conta própria um acréscimo de antihistamínico ou o nome de um antibiótico substituto. É algo bem claro.
Mas quando deixa de ser no âmbito tecnocientífico e se direciona para o campo das atitudes, a clareza se embaça. Contraindicações advindas da voz ativa do paciente capaz motivadas por desejos, preferências, objetivos e valores do mesmo precisam ser levadas em consideração à semelhança do que faz com o tecnocientífico.
Você deverá considerar ou acrescentar tempo e diálogo para contornar a contraposição ou substituir a conduta, inclusive pelo niilismo de parte ou do todo. Constitua um padrão, um estilo de profissionalismo para assegurar-se da competência para conciliar a metáfora do boneco de ventríloquo de diretriz clínica, fator de excelência quanto ao estado da arte, com o mundo real da aplicação determinado pelas individualidades do humano de cada paciente, com catálise pela ética médica e pela bioética.