Elaborado em coautoria com o Prof. Dr Wilson Jacob Filho
Bioamigo, você já percebeu que a maioria das pessoas que passam a ser classificadas como imortais morre idosa? Que as fotos que as relembram os retratam com idades mais avançadas? O bíblico Matusalém tornou-se sinônimo de longevo. Sara deu à luz Isaac aos 90 anos de idade. Noé entrou na Arca com 600 anos de idade. São expressões significantes sobre um destacado lugar da idade no pensamento da humanidade.
Situações de rivalidade entre jovem e idoso e conflitos de geração são habituais na literatura clássica, inclusive, a figuração artística de contos de fada – que contribuem para a formação da criança e desenvolvimento da personalidade – , inclui boas pessoas como jovens – a fada madrinha, por exemplo – e as más como idosas – as bruxas, por exemplo.
Há que se salientar que a reduzida expectativa de vida, no passado, fazia do idoso um ser totalmente excepcional, conferindo-lhe certa notoriedade e, consequentemente, posições de destaque social em várias culturas. O Senado Romano é magnífico exemplo desta Gerontocracia. No presente, embora já tenhamos um importante alongamento da expectativa média de vida, permanece significativa a ênfase legal atribuída aos mais longevos. A distinção dada ao Decano de um colegiado é uma evidência deste entendimento.
A velha ideia de fonte da juventude do inconsciente coletivo modernizou-se para o conceito de consciência sobre hábitos saudáveis de vida – não fume, exercite-se, qualifique bem sua alimentação, reduza o estresse do cotidiano, faça exames médicos preventivos. Uma aliança entre ciências da saúde com perspectivas de favorecer a vida a longo prazo.