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1610- Comunicação sempre alerta na palma da mão (Parte 5)

A maior presença de smartphones nos vários ambientes da saúde em relação ao número de ramais do telefone fixo determinou diversidade de juízos. Cada médico, cada tipo de especialista, cada agente de uma área de atuação, passou a ver por um ângulo de interesse, uns mais ideólogos, outros mais conservadores fazendo apreciações de próprias conveniências e interpretações de artigos do Código de Ética Médica vigente.

Médicos e pacientes sentiram que havia vantagens no acesso. Nestes cerca de 10 anos – o WhatsApp nasceu em 2009 – as dúvidas foram rapidamente se dissipando e como era de se esperar da avalanche tecnológica que traz utilidade e eficácia, a conjectura mais rígida do uso do aplicativo na área do sigilo profissional não resistiu à popularização do novo hábito de comunicação pela sociedade. Os médicos mais jovens deram passos importantes neste sentido.

Ideias de invasão da privacidade  – como as do grampo telefônico – ficaram minimizadas pela afirmação que a end-to-end encryption evita que a mensagem caia em mãos indevidas. Confiemos! Assim como em Medicina, é de se supor que inexistirá risco zero de alguma adversidade no campo do sigilo profissional. O médico é, por ofício, sensível a este argumento.

Acresce que o smartphone é equipamento pessoal, habitualmente com senha, portanto, a preservação das mensagens para conhecimento de terceiros, seja no próprio aparelho ou por compartilhamento, é responsabilidade do seu usuário/portador. Ponto de maior tranquilidade para o médico. Atualmente, médicos brasileiros conectam-se a pacientes e a colegas pelo WhatsApp considerando ser uma tecnologia de baixo custo que facilita a comunicação de modo que pode ser entendido como não prejudicial à preservação do sigilo profissional.

O Conselho Federal de Medicina deu seu respaldo por meio da Resolução CFM 14/2017– É permitido o uso do Whatsapp e plataformas similares para comunicação entre médicos e seus pacientes, bem como entre médicos e médicos, em caráter privativo, para enviar dados ou tirar dúvidas, bem como em grupos fechados de especialistas ou do corpo clínico de uma instituição ou cátedra, com a ressalva de que todas as informações passadas tem absoluto caráter confidencial e não podem extrapolar os limites do próprio grupo, nem tampouco podem circular em grupos recreativos, mesmo que compostos apenas por médicos. É um texto bem educativo
sobre o uso ético e acautelador sobre o mau uso.

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