A unidade básica do atendimento é a beira do leito, um ecossistema em que as interações entre os bióticos como os profissionais da saúde e os pacientes/familiares e os abióticos como os métodos com alta tecnologia precisam acontecer segundo premissas articuladas com questões como: O que devemos fazer? O que devemos ser? Como devemos nos comportar? Como devemos medir e calibrar? A fim de prover o mais alto nível de segurança ética/moral e legal numa atuação que chamaríamos de governança da beira do leito.
Pontos de referência essenciais são os dispostos nos 5 Princípios fundamentais iniciais do Código de Ética Médica vigente, que, de certa forma, são aplicáveis aos profissionais da saúde de modo geral:
I – A medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma natureza.
II – O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.
III – Para exercer a medicina com honra e dignidade, o médico necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de forma justa.
IV – Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho ético da medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da profissão.
V – Compete ao médico aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente e da sociedade.
Estes princípios fundamentais servem de estrutura e de fundamentação e são articulados com um atavismo hipocrático, um compromisso histórico do médico como bem-estar e a sobrevida digna do ser humano. Não devem ser desobedecidos e muito menos corrompidos.