O termo compliance, âncora e bússola, evoluiu na área da saúde para o ambiente hospitalar. Assim, a segurança no atendimento às necessidades de saúde da sociedade dispõe idealmente de um guarda-chuva que abriga:
(1) O Compliance da tradicional conexão médico-paciente numa linguagem predominante oral por osmose das realidades tradicionais;
(2) O Compliance que busca o cumprimento normativo (lato sensu), numa linguagem escrita que pretende uma constituição alinhada à sociedade contemporânea, com especial enfoque na legislação a respeito dos riscos de descumprimentos legais, principalmente daqueles lesivos à administração pública;
(3) O Compliance alinhado ao gerenciamento de risco das instituições de saúde para assegurar boas práticas, uma cultura de segurança, a redução de danos e eventos adversos aos pacientes.
A utilidade do guarda-chuva corresponde a necessidades de diagnósticos sobre práticas que suscitem providências corretivas/preventivas. É notório que a prática da medicina em geral está cada vez mais interdependente com ambientes hospitalares, o que determina inter-relações entre cinco componentes: ciências da saúde, profissionais da saúde, paciente/familiar, instituição de saúde e sistema de saúde.
Nesta integração, se há algumas décadas era tão somente médico prescrevendo e paciente seguindo, agora o atendimento no ambiente da instituição de saúde deve observar também orientações contidas no programa de compliance institucional, ou seja, ocorreram alterações de posição dos sujeitos.