Em tempos de medicina baseada em evidência, orientações atualizadas periodicamente sob coordenação de sociedades de especialidade conferem segurança teórica, ética e legal. A expressão foi usada pela primeira vez em 1992 e expandiu como o uso consciente, explícito e criterioso das melhores evidências obtidas por pesquisa médica para assegurar tomadas de decisão na prática clínica coerentes com um conjunto de princípios e métodos visando à efetividades e aos benefícios. A Bioética da Beira do leito preconiza que a medicina baseada em experiência/consciência/coerência integra-se no conceito para viabilizar a dupla mão de direção entre teoria e prática educativas essencial na beira do leito.
O benefício por uma realização requer a comprovação antecipada da beneficência do método, assim como evitar malefício exige o conhecimento prévio da maleficência do método. A Bioética lida com esta memória, incorpora-se ao pêndulo que oscila entre a teoria e a prática e contribui em tomadas de decisão por meio de justaposições entre principialismo, universalismo da beneficência/não maleficência validadas, utilitarismo que privilegia o bem-estar do paciente, personalismo que hierarquiza o conforto do paciente e o realismo de peculiaridades do paciente como as culturais.
De certa forma, a Bioética facilita amoldar conteúdos a continentes. Todos os dias são reconhecidos, aceitos e valorizados conteúdos das ciências da saúde que podem ou não ser aplicados na beira do leito, numa inclusão de acordo com peculiaridades da diversidade humana. Costumeiros, renovações e inovações de métodos de um lado e distintas pessoas de outro demandam exercícios profissionais cada vez mais exigentes da crítica social.
A Bioética é esperança de um porvir com aprendizado continuado sobre o mundo real das inter-relações entre os componentes do Pentágono da Beira do leito, independente dos rumos vindouros. É a utilidade que uma visão ética/moral/legal do profissionalismo conta para todo e qualquer momento de integração em nível adequado de harmonia entre imposições heteronômicas e liberdades autonômicas possíveis.
A Bioética da Beira do leito exerce no apoio à sequência entre conduta recomendável, conduta aplicável e conduta consentida a assessoria abrangente e profunda sobre as possibilidades de vaivéns entre teoria e prática na beira do leito.