De certa forma, a Bioética tornou-se uma voz interna confiável aconselhadora de ajustes, desinstalações e reconstruções sobre o ser/estar/ficar médico, pari passu com as sequentes mudanças de conteúdo e forma da medicina e suas mutáveis necessidades profissionais alinhadas a determinantes sociais, culturais, econômicos e políticos.
A Bioética admite composições de efeitos semáforo (hora de avançar, hora de parar, ligados à vontade de se aproximar ou de se distanciar), escotismo (Sempre alerta! Por maior certeza que haja, deixar uma porta aberta à dúvida) e Orloff (ausência de indisposições amanhã!) e anteposição ao efeito Gerson (levar vantagem em tudo, alerta sobre conflitos de interesse).
A Bioética contribui para apresentar a beira do leito mais realista. Facilita lidar com deliberações em meio a antinomias entre interioridades e exterioridades, prós e contras de objetividades e subjetividades, divergências entre abstrato e concreto, possibilidades de desdobramentos das complexidades, em suas infinitas manifestações motivadas pela condição humana frente a impactantes métodos diagnósticos, terapêuticos e preventivos.