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1550- Mais paternalismo, o brando (Parte 2)

A beira do leito, contudo, convive com situações de divergência em graus variáveis entre a proposição pelo médico e a aceitação do paciente. Beneficência e maleficência presentes em cada método indicado formam combinações de potencialidades que podem resultar em hierarquizações distintas  sobre realizações imaginadas entre médico e paciente, assim influenciando na autorização para aplicação. O Talvez costuma estar presente no diálogo médico-paciente na fase final do processo de tomada de decisão, exigindo renovados esforços para a última palavra necessária – Sim ou Não.

A Bioética da Beira do leito interessa-se particularmente quando o potencial de consequências negativas para o paciente discordante, à luz da tecnociência, é bem fundamentado.

Se por um lado o respeito à palavra do paciente suspende o pretendido pelo médico, por outro lado,   uma não iniciativa para revisão do processo de tomada de decisão frente ao desnível de conhecimentos sob grande tensão emocional pode ser ser entnedida como um descaso, uma indiferença profissional.

Há o direito do paciente de se manifestar com um Não doutor, mas também o dever do médico em  tentar reverter para Sim doutor desde que evite qualquer intenção de desrespeito à pessoa.

É o paternalismo admissível cuja correta calibragem merece atenção do profissionalismo que coloca o paciente em primeiro lugar, que entende que se o próprio médico tem dúvidas do que é consenso, o paciente porque não pode passar por uma fase de dúvidas imobilizantes.

Uma inicial e radical demonização do paternalismo profissional justificada como ato de restrição absoluta do direito do paciente ao princípio da autonomia foi logo corrigida pela percepção que é habitual o processo interno da autonomia intrínseca sofrer influência externa da autonomia de relação. É comum acontecerem vozes opinativas de familiar, amigo, outro paciente no entorno do paciente em processo de tomada de decisão.

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