Conexões humanas comportam infinitas diversidades em cujas composições acontecem visibilidades e transtornos imperceptíveis como de atenção e comunicação que impactam na qualidade de diálogos.
A conexão médico-paciente contemporânea que subentende ambas as vozes ativas admite duas concepções de competência dialógica, essenciais para a indispensável sinergia entre seres humanos em torno de saberes tecnocientíficos, fatos e dados.
Manifestam-se a competência profissional que reúne conhecimento, habilidade e atitude para a circunstância clínica forjados sob treinamento e a competência leiga que se refere à capacidade do paciente de tomar uma decisão para ele inabitual num determinando momento de vulnerabilidade.
Não infrequente verifica-se que o paciente tem a capacidade de organizar na mente desejos e/ou objetivos reativos a recomendações médicas, mas carece da capacidade de se expressar numa conclusão como Sim doutor ou Não doutor.
Ocorre, especialmente, perante as cada vez mais frequentes complexidades das condutas diagnósticas, terapêuticas e preventivas e que se associam a fortes repercussões positivas sobre a evolução da história natural da doença/prognóstico, porém, também com chances de adversidades que são entendidas como inaceitáveis.
Pode-se afirmar que é majoritária a situação de um tranquilo consentimento livre e esclarecido pelo paciente à recomendação médica. Detalhes podem até resultar incompreendidos, mas não comprometem a significação geral da resposta do paciente, embora possam exigir novas rodadas de explicações quando o paciente perceber melhor sobre de que se tratam na execução do autorizado.