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1443- Questões de temperatura na conexão médico-paciente (Parte 27)

Para a aplicação na beira do leito é essencial considerar que a violência pode ser não física, como a verbal. Objetiva-se construtiva e ajuda a reparar deficiências, destrutiva que “metralha o inimigo”, simples como em exigências morais, calculada, num estágio a mais do que a simples quando acrescentam-se aos aspectos morais (internos) uma exploração (externa) de sentimentos, fomentada, com efeito de inserção “na manada”,  instrumental, quando em função de obrigações contribuímos para efeitos que nos desagradam e vinda de cima quando um poder afasta-se da proteção e aproxima-se da punição.

Recentemente, participamos da elaboração de um parecer sobre o caso de paciente revoltado com a instituição de saúde e total desconexão médico-paciente. Numa linha do tempo: 1- Num primeiro momento, o paciente exerceu o Poder de ser; 2- Imediatamente passou para auto afirmação e auto-reconhecimento; 3- Movimentou-se para a agressividade pretendendo a posse do comando/autorização favorável; 4- A  agressividade caminhou para a agressão, uma violência para promover uma reestruturação do poder para benefício próprio.

A Bioética da Beira do leito entende que até o nível de auto-reconhecimento, é possível considerar certo paradoxo, ou seja, constitui-se um contexto que admite uma etiquetagem de violência num sentido mais leve de impetuosidade, sendo assim uma violência simples, no máximo calculada ou fomentada, mas que dá oportunidade a providências capazes de evitar a progressão para o par agressividade-violência em seu sentido desmedido.

A partir da agressividade, fica fora do controle racional o potencial da violência destrutiva, com repercussão sobre a instrumental – por exemplo, endossante – e sobre a vinda de cima, por exemplo, reativa. Materializam-se por prejuízos ao clima de atendimento – com respingos para demais pacientes-, ordens judiciais a respeito das exigências e cogitações de suspensão do atendimento ao paciente.

A Bioética da Beira do leito faz uma ilação entre beira do berço e beira do leito, o poder do choro do bebê que prenuncia a futura comunicação mais inteligível pela linguagem que surge naturalmente é referência sólida para indicar que o choro (em sentido figurado) do paciente na beira do leito deve ser imediatamente motivo de atenção e por palavras inteligíveis do médico idealmente pelo diálogo.

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