Vieses da teoria moral
Incluem a chamada teoria da dominância pela qual determinada perspectiva teórica domina a análise ignorando outras relevantes e certas objeções alinhadas ao respeito a realidades de contexto. Costumam se associar a manifestações depreciativas sobre o outro, que ele não é prático ou experiente/competente. Trazem à tona apreciações sobre eventuais assimetrias de conhecimento/habilidade em relação aos saberes envolvidos. Travam relações com reducionismo – para ocultar expansões indesejadas-, excepcionalismo (entendimento de direito de estar fora das normas) e essencialismo (essência>existência). A bioética da Beira do leito reconhece que não é fácil demarcar fronteiras entre perspectivas morais adequadas e inadequadas caso a caso no ecossistema da beira do leito. Em suma, são vieses que se associam a falta de sensibilidade para a humana multiplicidade de tradições morais.
Vieses de análise
Relacionam-se com a tendência de cuidar da apreciação/interpretação/equilíbrio moral jamais dissociada das próprias posições de entendimento, admitida como interligada a mecanismos subconscientes. Explicam ocorrências classificáveis como erros e falácias morais e admitem a possibilidade da “ficção moral”, entendida como endosso de declarações não exatamente verídicas no intuito de dar sustentação a momentos ansiosos porque suas posições encontram-se em tensão com contraposições.