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1334- Medico sapiens e Medico ciborgue (Parte 7)

A in-corporação na pessoa do médico da inteligência artificial (ramo da informática que visa dotar os computadores da capacidade de simular certos aspectos da inteligência humana) e da robótica amplificadora da habilidade na medicina tende a tornar obsoleto o “natural” Medico sapiens que conhecemos. A inteligência natural no uso da ciência e da experiência colocada em segundo plano pelo desenvolvimento do “tecnológico” e transumano Medico ciborgue.

É de se cogitar que a evolução Medico sapiens para Medico ciborgue tenha subsequentes fases entre imperceptíveis e escancaradas. Rastros dos movimentos se apagam nas novas gerações em meio a desconfortos até nem vivenciados pelos novatos ou reconsiderados pelos veteranos substituídos por confortos das inovações. A concepção de transumanismo impede falar em decadência do Medico sapiens, motiva a ideia de transformação.

O Medico ciborgue é um amigo? É um inimigo? É um aniquilador? É um efetor de um processo de hibridismo vantajoso? Promoverá acertos que reduzirão as cicatrizes pedagógicas de equívocos da vivência profissional?

En passant, o termo ciborgue refere-se a um organismo dotado de partes orgânicas e artificiais com a finalidade de aperfeiçoamento tecnológico, criado em 1960 por Manfred Edward Clynes (1925-2020) e Nathan Schellenberg Kline (1916-1983). O personagem reúne a habilidade de manipular e assimilar tecnologias e capacidade e regenerar as partes do corpo, além de inteligência acima da humana habitual.

A Bioética da Beira do leito avalia que conjunções entre humano e máquina nos moldes do pretendido para a medicina colocam em xeque a ontologia do Medico sapiens, desafiam o sujeito-médico e levantam a questão sobre onde começa e onde termina o humano e a máquina.

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