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1312- Uma medicina considerada útil (Parte 2)

A Bioética clínica que chamamos de Bioética da Beira do leito exige-se atenta aos cuidados de respeito à beneficência/não maleficência e atuante sobre habituais conflitos, desafios e dilemas referentes a questões tecnocientíficas, de  comunicação, liberdade, esclarecimentos, consentimentos.

A beira do leito testemunha recomenda-se, proíbe-se, aceita-se, rejeita-se, insiste-se em composições que trazem à tona a crítica sobre os conceitos de autonomia, paternalismo, o brando e paternalismo, o forte aplicáveis a eletividades e a emergências.

O espírito da Bioética clínica coopera para a qualidade da filtragem de condutas que parte da Recomendável pelo estado da arte, escoa para a Aplicável em função das peculiaridades do paciente e desemboca na Consentida após a emissão da voz ativa do paciente, tudo numa ideal atmosfera de liberdade e de esclarecimentos. É essencial assegurar que a medicina seja considerada útil segundo a visão de utilidade dos seres humanos de cada caso, que em última instância reflete-se num Sim ou num Não pelo paciente ao médico.

A Bioética da Beira do leito entende admissível dizer que somente certo percentual preenche a idealidade da dupla adjetivação (livre + esclarecido) do consentimento. É do cotidiano que o livre colide com a autonomia de relação articulada com influências de vieses – familiar, amigo, colega, outro paciente e fontes na internet -, enquanto que o esclarecido carece de critérios para precisa aferição.

A Bioética depara-se com o absolutamente admissível e o absolutamente inadmissível etica, moral e legalmente. Em função do seu objetivo, propõe-se a colaborar para calibragens entre estes extremos dadas as circunstâncias. A missão impõe crédito, o que se conquista em meio a mais a intranquilidades do que a tranquilidades. Algo como quanto mais machado trabalha, mais vigorosa cresce a floresta.

A Bioética não é um repositório de ética à disposição para consulta qual deontológico, na verdade é um parceiro para tomadas de decisão que dá amplitude e profundidade ao cotejamento entre prós e contras, razões e emoções, impressões e compreensões, em busca de alcançar lógica, lucidez nos raciocínios clínicos. Muito embora ciente que invariavelmente há infiltrações do desagradável no considerado agradável e do agradável no considerado desagradável.

A Bioética da Beira do leito entende que temores da culpa – com pitadas paranoides e de hipocondria moral- e repercussões da ansiedade energizam o médico na direção da perfeição de atuação, um extremo impossível, mas cujo esforço absorve os instrumentos da eficiência e faz a proximidade da tranquilidade de consciência e da satisfação profissional.

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