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1307- Respeito à pessoa e princípio da autonomia (Parte 1)

De que modo a autonomia, desde sua imersão na conexão médico-paciente na década de 70 do século XX, tornado princípio da Bioética, sofre variações de entendimento e de aplicação nas várias culturas?

É questão recorrente sobre autogovernança/liberdade no ecossistema da beira do leito e a apreciação crítica é obrigatória na militância em Bioética.

Thomas Beauchamp (nascido em 1939) e James Childress (nascido em 1940) relacionaram autonomia individual à atuação livre da pessoa – paciente, por exemplo – em relação a seleções internas à semelhança com que governos manejam seus territórios.

A Bioética da Beira do leito valoriza o principialismo e preocupa-se não somente com suas complexidades, como também com as variantes de conceituação e as distorções a respeito do princípio da autonomia, atenta a suas implicações morais.

Observam-se expansões e limitações de entendimento na dependência da natureza dos encontros medicina-médico-paciente, o que na prática representam impactos de individualidades na fluidez dos atendimentos.

A tradição médica beneficente/não maleficente passou a conviver com a voz ativa do paciente com mais informações e com o potencial de divergência da experiência com orientações de literatura, o que provoca dilemas sobre prosseguimento/contensão.

É contexto que admite o interesse da Bioética da Beira do leito pela interação entre Autonomia e Paternalismo, o brando, pela participação dos ditames/objeções de consciência, pelas fronteiras cinzentas entre utilidade e futilidade e entre dever terapêutico e obstinação terapêutica, pelos cuidados continuados desde a primeira consulta até a paliação, por tomadas de decisão compartilhadas, comprometimentos com Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e pelas influências humanas da chamada autonomia de relação, considerando o caráter gregário do Homo sapiens e, particularmente a organização familiar e seus valores.

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