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1255- Bioética no esporte

Inúmeras questões éticas, morais e legais alinhadas a Práticas corporais quer atividade física, quer esporte amador ou profissional  acontecem no cotidiano do médico envolvido quer com a saúde em geral, quer com especificidades musculoesqueléticas.

A Bioética contribui para prover abrangência e profundidade para pensar criticamente, investigar de maneira transdisciplinar que vá além do aspecto tão somente biológico na promoção da saúde, assim incluindo aspectos sociais, de mercado, econômicos, políticos, culturais e históricos.

A Bioética estimula o diálogo consensual, que não visa à unanimidade, mas à intercomunicação numa conexão médico-paciente ampliada e que pode envolver, o médico do clube que o atleta não escolheu, o médico da seleção que o atleta não escolheu, o médico pessoal de confiança, o médico que avalia a PreParticipação, o atleta como sua profissão, o empresário interessado, a comissão técnica que precisa saber com o que pode contar, o gestor do clube, a imprensa e seu dever com a informação, tudo isso num cenário que costuma ter incertezas, dilemas, conflitos, desafios e resistências como pano de fundo.

A Bioética entende que os encontros num contexto de patrimonização do corpo num ambiente de trabalho são oportunidades para o sinal verde para expansões e o sinal vermelho para limitações no processo decisório, por exemplo, sobre a Disponibilidade do Atleta para o técnico, sobre uma Operação ainda na Temporada ou após, sustentado por um conjunto de virtudes que inclui a fidelidade ao sentido de ser/estar/ficar um correto profissional da saúde que não se utiliza nem de coerções nem de proibições meramente defensivas, a prudência frente a riscos em qualquer conduta, a boa-fé que torna imperativa a veracidade, a coragem moral para se envolver com responsabilidade, e a tolerância para respeitar pontos de vista opostos.

A Bioética valoriza o respeito à ética da responsabilidade pela qual respondemos não apenas por nossas intenções ou nossos princípios, mas também pelas consequências de nossos atos, tanto quanto possamos prevê-los.

A Bioética dita principialista fornece fundamentos éticos/morais/legais para tomadas de decisão sobre o trio de todas as horas: Indicação, Não indicação e Contraindicação. Compõem o Princípio  da Beneficência do validado como útil e eficaz para o melhor prognóstico da recuperação ou para a prevenção, jamais desconsiderando uma abertura para riscos e danos inevitáveis de condutas recomendadas, para o imprevisível e para o desconhecido, em função do Princípio da Não maleficência e  respeitadoras da voz ativa do paciente segundo o Princípio da autonomia, entretanto sensível a peculiaridades como costumes do esporte profissional, interfaces entre o individual e o coletivo e questões do sigilo profissional e suas implicações técnicas, econômicas e de dever profissional.

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