Bioamigo, haja lápis e borracha para a permanente necessidade de fazer retraçados de comportamentos articulados a um alto teor tecnológico provenientes de voos progressistas desde a ilha da Utopia, habitat dos sonhos de saltos, e que aterrissam no ecossistema da beira do leito. Os rearranjos dos traços requerem a sabedoria de Anatole France (1844-1924): Para concluir grandes coisas, devemos não somente agir, mas também sonhar, não somente planejar, mas também crer.
Pensamentos, sonhos e desejos acerca de boas práticas no contexto do ecossistema da beira do leito incluem valorizações do ser humano agrupáveis no termo humanismo. É método de investigação de situações humanas que usa razão e evidência para a análise crítica do aproveitamento da inteligência humana afinado com a ciência como verdade e com o objetivo de aperfeiçoar a vida humana. Em outras palavras, ênfase nas potencialidades do ser humano com alta consideração de uma estrutura racional e científica, salientando o direito e a responsabilidade (“Estou ciente do que faço“) de dar significado e forma às próprias vidas.
A qualidade de vida do ser humano é influenciada por true news e por fake news e, assim refém, o Homo sapiens coloca-se em marcha geração a geração energizado pelas capacitações e pelos conhecimentos e não isento de efeitos-manada. A linguagem como acompanhante procura dar um caráter amigável às concepções motrizes, ou seja, a comunicação facilita encontrar concordâncias para os convívios e, inclusive, tê-los apesar de discordâncias.
Há muito, verbalizações sobre piora na qualidade dos atendimentos pelo sistema da saúde ressoam no ecossistema da beira do leito. Conjugam-se com a sensação profissional, saudosismos à parte, de descontentamento com o papel de realizador estratégico no sistema da saúde, e, ao mesmo tempo, a percepção do “paradoxo” que se convive com um notável aumento da expectativa de vida e melhor qualidade de vida apesar das dificuldades com o cuidado com doentes/doença. Motiva reflexões acerca da integração tradição e inovação para conservar o melhor do ontem e prover o ainda melhor para amanhã.
A compreensão de propósitos futuristas do ser humano beneficia-se das aposições dos prefixos trans (através) e pós (depois) ao termo humanismo. Os neologismos assim criados (transumanismo e pós-humanismo) aumentam as chances para diálogos mais produtivos e isentos de erudição vazia. Esta dupla de prefixos cria verdadeiros espaços em branco a serem preenchidos por revisões e expansões, que bem distribuídos fazem um papel de relações públicas na sociedade.
A semântica dos prefixos facilita analisar as legitimidades morais da abrangência e da profundidade das transformações “artificiais” pela tecnociência, percebê-las aprimoradoras ou reversoras da existência humana tal como vemos acontecer presentemente.