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1205- Trans e pós-humanismo na beira do leito. Uma leitura com o apoio da Bioética (Parte 6)

A função de ponte para o futuro suscita a Bioética a se envolver com duas transformações (referidas às capacitações humanas e não predeterminadas, ou seja, surgidas em função de interações) que abrangem a humanidade como um todo e a tecnociência em particular com fortes repercussões no ecossistema da beira do leito.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A primeira transformação refere-se à época geológica em que vivemos com forte sugestão atual para ser nomeada pelo neologismo de Antropoceno (humano + novo). Significa que a Terra está influenciada pela intensa participação ativa da humanidade sobre a biosfera, esta camada de 20 Km em que se concentra a vida. Os humanos seriam causas ou propulsores dos efeitos geológicos em função de atividades sociais, econômicas, industriais, políticas, militares e outras.

É notório como os seres humanos, como força dominante no planeta exercem múltiplas influências na sustentabilidade da biosfera pelo uso altamente impactante da tecnociência. Mudanças climáticas e perda da biodiversidade são sintomas dos desafios contemporâneos provocados no Antropoceno e ambas têm repercussões na saúde.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Grande preocupação é que o Antropoceno representa uma nova trajetória do nosso planeta, uma mudança em marcha num nível comprometedor do meio ambiente a ponto de provocar a extinção em massa do ser humano que conhecemos atualmente, vale dizer, “logo” dar-se-á o desaparecimento biótico que somente acontece a cada milhões de anos.

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