A Bioética, sentimento absorvente, concepção antes de tudo universal, pedra de toque do acolhimento com prudência à disposição da ética do profissionalismo, é lembrada quando a pauta é atenção às necessidades de saúde, manutenção da proficiência na área de atuação, comportamento com integridade, moralidade e honestidade.
A militância em Bioética – carente em número de adeptos mas farta na devoção – reforçou que o respeito, este sentimento fundamental que se constrói desde a criança conforme exposto por Jean William Fritz Piaget (1896-1980) requer a noção que ninguém é autossuficiente e por isso, perante as vulnerabilidades, a integração é fundamental para lidar com necessidades e prover possibilidades.
A Bioética é um patrimônio humano. Trata-se de repositório de formulações de legitimidades e admissibilidades em distintos ecossistemas instadas a serem aplicadas com um olhar através e além de formalismos em busca do diálogo multidimensional, de revisões contextualizadas e de reconciliações com rupturas, tendo o cuidado da neutralidade, por exemplo nas interfaces entre tecnociência e moralidade dos comportamentos no ecossistema da beira do leito.
A Bioética ainda é formalmente pouco explorada, embora sua prática ocorra mais frequente do que se perceba, destituída do rótulo em meio a avaliações multíplices e tomadas de decisão complexas.
Fazer o bem, evitar aplicar o mal, comportar-se com equidade, tolerar opinião contrária, ter responsabilidade sobre seus atos estão inclusos na Bioética que lida com a interpessoalidade na área da saúde e, evidentemente articulados com a bagagem que cada um traz do seu desenvolvimento infância-adolescência-adulto jovem e não tão jovem como pessoa humana.