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1022- Ética pratica-se (Parte 1)

Bioamigo, antes de iniciar a leitura do texto, aprecie o quadro abaixo com observações registradas há cerca de 85 anos por Erwin Rizak  da Universidade de Viena um discípulo de Franz Chvostek (1864-1944) e Hans Eppinger (1879-1946). oLHo

Cada (a)caso clínico que chega é renascimento da beira do leito. Revivem-se desafios às ciências da saúde e a peculiaridades da condição humana. Ressurge o benefício de tudo que o ser humano conseguiu nos últimos séculos para livrar-se de isolamentos e suprir carências numa reconfiguração exigente da máxima nutrição por saberes e compreensões.

O profissional da saúde caracteriza-se pela inclinação ao ousar saber próprio do iluminismo e que provoca a paixão pela busca da verdade e a convicção do poder resolutivo da razão. O interesse pela crítica e a dependência a uma moralidade científica estão embutidos.

Na prática, observa-se que a forma de apresentação dos esclarecimentos ao paciente pelo profissional da saúde arquiteta-se em certo direcionamento pretendido, embora sem provocar proibições, muito menos coerções, algo como um empurrão da mão para a luva que se admite a mais ajustada sem nenhuma propensão a forçar a mão para uma luva que não caberia.

De certa forma, o profissional da saúde pretende promover uma projeção do pensamento científico na mente do leigo paciente que se associa a uma tendência à parcimônia de manifestação de calor emocional. Há uma vontade profissional sustentada por uma racionalidade instrumental, que precisa representar uma prestação de serviço e não um domínio, ou seja, o discurso que comunica deve ser de fundo técnico e liberal com foco num processo e não ideológico, portanto imperativo e com foco no resultado.

Esta faceta de associação da verdade e da razão com dissociação do calor humano do profissional da saúde na beira do leito pode colocar de lado expressões de bom senso e opiniões do paciente nos processos de tomada de decisão, inclusive com extremos de intransigência perturbadora do ambiente.

Desconsiderações perturbam a disposição do profissional da saúde para ajudar o paciente a articular seus valores e clarificar objetivos, especialmente em situações cinzentas. Desta maneira, impactam sobre fatores influentes nas escolhas como confiança, harmonia entre cognição e sentimento, tolerância ao risco, experiências pessoais.

Evidentemente, sentimentos coabitam no paciente, um efeito memória influencia e como habitualmente há dúvidas, estabelece-se uma interação entre a esperança e o medo de sorte que toda esperança embute medos e todo medo inclui esperanças. Habitualmente, o profissional da saúde percebe que a contensão das dúvidas faz eclodir a confiança e que na ausência do medo mais do que temeridade sobrevém o desespero.

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