A Bioética da Beira do leito apoia a medicina contemporânea que consegue reconhecer as justas proporções de componente teórico-reflexivo e componente pragmático-ativo mais indicadas para o caso, exigente de um solilóquio voltado para as boas práticas.
De fato, a Bioética da Beira do leito valoriza sobremaneira o exercício mental alinhado à ética de um caloroso diálogo interno do profissional da saúde, a interlocução eficiente entre o eu pessoal e si próprio profissional. Essencial para os objetivos de gerar referências para evitação e/ou melhor trânsito em crises da beira do leito.
A Bioética da Beira do leito mentaliza a beira do leito ética representada por uma sucessão de explosões de balõezinhos de pensamentos como existe nas tiras de quadrinhos, evidência de uma conexão estabelecida entre profissional da saúde-paciente-ciências da saúde.
A Bioética da Beira do leito expressa que muitos conflitos entre profissionais da saúde e pacientes derivam de uma reação mais à personalidade do paciente do que aos motivos da contestação, por exemplo, um não consentimento. É contexto onde o paternalismo, o brando, não se mostra antônimo de autonomia, ele é antônimo de indiferença. Ele permite um equilíbrio entre falar e ouvir entre as partes, traz a pretensão por não adiar decisões, enfrentando as contraposições sem as expor desqualificando o paciente.
Numa palestra, um colega da plateia após manifestar sua forte admiração pela própria voz, ao cabo de cinco minutos de uma fala colcha de retalhos contestou-me que a Bioética da Beira do leito era excessivamente pretensiosa. Fui breve na resposta; Eu concordo!
Bioamigo, por que não é importante canalizar as perspectivas – nunca isentas de salvaguardas, regulações e rejeições a simplificações – para dar sustentabilidade para fazer o bem clínico melhor para o paciente?