Bioamigo, leia o caso e opine sobre a questão prática do cotidiano
Você é o médico que atende um paciente com intensa dor abdominal no Pronto Socorro. No meio de um diálogo difícil com o paciente que resistia em aceitar o tratamento cirúrgico urgente da colecistite aguda, o seu smartphone toca o som específico da chamada da esposa. Você sabe que ela só liga em situações excepcionais.
2 respostas
Eu particularmente recusaria à ligação, enviaria uma mensagem automática ( não posso atender agora é lhe ligo em seguida) perderia desculpas pela interrupção e prosseguiria o atendimento. Caso houvesse insistência na chamada, pederia licença, sairia da sala, atenderia a ligação e explicaria a minha esposa que no momento não poderia falar (dependendo do caso).
No consultório, têm algumas situações em que a secretária tem ordem para me interromper: urgência, contato de outros colegas e de esposa ou filhos (estes sabem que só devem me ligar em caso de extrema necessidade).
Ao tocar o telefone, antes de atender, explico ao paciente esta minha regra para justificar a interrupção, nunca tive problemas.
Mais sério é o relato em um conto, se não me engano de Tchekhov, em que o médico é chamado para atender uma ‘urgência’ no momento em que ele velava com a esposa a morte do filho. Chegando lá, a tal urgência era uma briga do casal.
No caso, específico, pediria licença, explicaria a possibilidade de outra urgência e atenderia. Não fosse, interromperia rapidamente a ligação.